Passeio de Macrofotografia
24 junho 2018 08:00 - 18:00
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CISE, Serra da Estrela
O CISE irá realizar um Passeio de Macrofotografia, no próximo dia 24 de junho. Orientado por Pedro Martins, o passeio será efetuado em automóvel e inclui a realização de um itinerário na área do Parque Natural da Serra da Estrela, prevendo-se a paragem em diversos locais de interesse biológico, geológico e paisagístico, tais como, a Lagoa Comprida, as Salgadeiras, Nave de Santo António e Alto da Pedrice.
Programa
08h00-8h15 - Receção dos participantes no CISE e saída em automóvel
08h40-10h30 - Paragem e percurso pedonal na área da Lagoa Comprida
11h00-13h45 - Paragem e percurso pedonal na área das Salgadeiras
13h00 - Paragem na Torre para almoço.
14h30-17h45 - Paragem e percurso pedonal nas áreas da Nave de Santo António / Alto da Pedrice
18h00 - Encerramento do passeio e regresso a Seia
O Passeio Fotográfico realiza-se com um número mínimo de 10 participantes e um máximo de 16.
Valor de Inscrição: 35,00€ (Pago antecipadamente)
Incluí: Participação com acompanhamento de fotógrafo profissional e Biólogo do CISE; Seguro de Acidentes Pessoais.
Alojamento, refeições e Transporte:
O alojamento, as refeições e o transporte antes e durante a atividade são da responsabilidade dos participantes.
Os participantes deverão levar o seguinte material:
- Merenda
- Água
- Chapéu
- Protetor solar
- Calçado apropriado
- Agasalho para o frio e chuva
Este workshop tem o apoio da TAMRON - Robisa Portugal que disponibilizarão material para que os formandos possam usar durante a atividade.
Pode fazer a sua inscrição no seguinte link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdasEC606A6yGZCHCmVaqt9a5lZkPgQ_jYAoCJvo5bNrd2eBQ/viewform
Para mais informações contacte diretamente o CISE pelo telefone 238 320 300 ou correio eletrónico cise@cise.pt
Mais informações:
Lagoa Comprida
A lagoa Comprida, situada a uma altitude de cerca de 1600 metros, na zona de transição entre os andares intermédio e superior da serra Estrela, caracteriza-se por possuir uma elevada biodiversidade, quer a nível faunístico quer florístico. A vegetação desta área é dominada, essencialmente, por matos de zimbro (Juniperus communis) e urzes (Erica australis e Calluna vulgaris) e prados de altitude, podendo ser observadas espécies únicas em Portugal, como o heléboro-branco (Veratrum album) e a lagartixa-da-montanha (Lacerta monticola). O tetigonídeo endémico Ctenodecticus lusitanicus foi recentemente (1992) identificado a partir de exemplares colhidos neste local, sendo extraordinariamente abundante no Verão.
Salgadeiras
Na área das Salgadeiras, situada na cabeceira da ribeira da Candieira, a cerca de 1800 metros de altitude, encontra-se um número significativo de lagoas e charcas de origem glaciária, que se evidenciam pelo bom estado de conservação. Estas massas de água preenchem depressões escavadas pelos gelos e encontram-se represadas por pequenas saliências rochosas. Aqui ocorrem algumas das mais fotogénicas espécies da serra, de que são exemplo a rela (Hyla arborea), a orvalhinha (Drosera rotundifolia), uma pequena planta insectívora, e a libélula-dos-juncos (Aeshna juncea).
Torre
Na Torre, a 1993 metros, situa-se o ponto mais alto do território continental português. Este local, conhecido no passado por Malhão da Serra, deve a sua designação a uma construção em pedra que o príncipe D. João, em 1806, mandou aí erguer. Na década de 50 do século XX, a Força Aérea Portuguesa instalou uma estação de radar, que está desativada desde 1970.
A altitude elevada, a precipitação abundante, frequentemente sob a forma de neve durante o Inverno, os ventos fortes e as temperaturas baixas condicionam o desenvolvimento da vegetação, que apresenta um característico porte rasteiro. No período estival observam-se várias aves típicas de montanha, como o melro-das-rochas (Monticola saxatilis), o chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe), entre outros.
Nave de Santo António / Alto da Pedrice
A Nave de Santo António é uma depressão aplanada de origem glaciar, situada entre o planalto da Torre e os Piornos, onde existe um extenso cervunal. Os cervunais são prados seminaturais muito procurados como pasto para os rebanhos. Há cerca de 20 mil anos, no máximo da última glaciação, esta área apresentava-se coberta por uma camada de gelo, que alimentava os glaciares do Zêzere e da Alforfa. A cascalheira do Alto da Pedrice constitui um depósito de fragmentos de granito, que cobre a vertente Oriental do sector superior da ribeira de Alforfa. Esta formação resultou da fragmentação da rocha pelo gelo.
Nesta zona podemos encontrar algumas das espécies de insetos característicos da serra, tais como os órtopteros Eumigus ayresi, Prionotropis flexuosa, Steropleuros nobrei e Neocallicrania lusitanica, os coeópteros Monotropus lusitanicus e Iberodorcadion brannani e a abundante borboleta Satyrus actea.