A serra da Estrela é constituída por extensos afloramentos de granitos, com idade entre 340 a 280 milhões de anos, intercalados com rochas metamórficas, como os xistos e os grauvaques, de idade entre 650 a 500 milhões de anos. Estas formações geológicas, dominantes, são atravessadas por numerosos filões de quartzo, de pegmatitos graníticos e de doleritos.
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Planalto superior da Estrela |
Rio Zêzere, Vale de Amoreira |
Nas áreas de granitos, com maior expressão no extremo norte da montanha e no maciço superior e zonas envolventes, a paisagem é dominada por planaltos extensos delimitados por vertentes abruptas. Nestas zonas, os cursos de água encontram-se instalados sobre a rede de falhas e fraturas tectónicas existente, apresentando, por isso, um traçado essencialmente retilíneo. Nos locais que estiveram sujeitos à ação dos glaciares, durante o último período glaciário, podem observar-se formas erosivas, como circos e vales glaciários e rochas aborregadas, bem como formas de acumulação, como moreias e blocos erráticos. Os testemunhos mais impressionantes deste período incluem, entre outros, o vale superior do Zêzere, a Garganta de Loriga, a Nave de Santo António, a moreia lateral do Covão do Urso, os blocos erráticos na margem norte da Lagoa Comprida e o Poio do Judeu, bloco errático de dimensões ciclópicas.
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Vale glaciar do Zêzere |
Covão da Nave |
Covão do Urso |
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Nave de Santo António |
Campo de blocos erráticos |
Poio do Judeu |