Descrição

Na última década, uma área significativa do Parque Natural da Serra da Estrela foi atingida por incêndios florestais, cuja extensão poderá estar diretamente relacionada com a utilização excessiva e inadequada de espécies de crescimento rápido e de elevada combustão, como o pinheiro-bravo. Apenas no ano de 2005 foram consumidos cerca de 11 mil hectares, o que equivale mais de 12% da superfície total da área protegida. Para além de profundos prejuízos socioeconómicos para as populações da região, a destruição do coberto vegetal provocada por estes incêndios tem como impactes maiores: o agravamento de fenómenos erosivos, a redução da fertilidade dos solos e a diminuição da infiltração e capacidade de retenção da água da chuva, o que afeta a quantidade e qualidade dos recursos hídricos. Apesar deste cenário, muitos dos locais ardidos apresentam, ainda, uma elevada qualidade paisagística e constituem áreas de ocorrência de espécies de fauna e flora cuja conservação é prioritária.

Neste contexto, e com o intuito de mitigar esta situação, o CISE desenvolve, em colaboração com as escolas do ensino básico do concelho de Seia, um projeto de educação ambiental que pretende alertar a população e a comunidade escolar em particular para a necessidade da proteção da floresta, bem como, para a importância da reflorestação das áreas ardidas.

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 Clube de Ambiente, EB23 Reis Leitão, Loriga  Clube de Ambiente, EB23 Arrifana  Clube de Ambiente, EB23 Arrifana

 

Objetivos

O programa tem como objetivos principais:
1. sensibilizar a população para a necessidade de conservação da floresta;
2. florestar áreas afetadas pelos incêndios;
3. fomentar a utilização de espécies florestais autóctones da região;
4. promover a conservação da biodiversidade.

 

Atividades a desenvolver

As atividades programadas no âmbito do projeto são desenvolvidas a nível de turma e podem incluir a realização das seguintes atividades:
1. uma sessão teórica sobre a história, a evolução e a importância da floresta;
2. uma saída de campo para conhecer as principais espécies e habitats florestais da região e para recolher sementes;
3. uma atividade prática de sementeira das sementes recolhidas a realizar na escola;
4. acompanhamento, por parte dos alunos, do crescimento das diferentes espécies e realização das práticas culturais necessárias para o correto desenvolvimento das mesmas;
5. saída de campo para plantação das espécies propagadas, acompanhada também por sementeiras.